FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO NA JURISPRUDÊNCIA CLAUDICANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

  • Marcelo Lessa Bastos

Resumo

RESUMO:

O foro por prerrogativa de função se justifica na necessidade de blindar determinadas autoridades, em função dos altos cargos que ocupam. Em caso de crime cometido em conexão ou continência, o corréu que não é destinatário do foro originário não poderia ser julgado no Tribunal, eis que sofreria decote no alcance da garantia constitucional do duplo grau de jurisdição, o que só se admite em decorrência de norma constitucional. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é claudicante neste tema, oferecendo soluções casuísticas, por confundir prorrogatio fori com simultaneus processus e se impregnar de ativismo judicial na interpretação das normas de regência.

 PALAVRAS-CHAVE: Prerrogativa de foro. Duplo grau de jurisdição. Conexão e continência.

 

RESUMEN:

El foro por prerrogativa de función se justifica por la necesidad de proteger a ciertas autoridades, debido a los altos cargos que ocupan. En el caso de un delito cometido en conexión o continencia, el acusado que no sea el destinatario del foro original no podría ser juzgado en la Corte, ya que sufriría una división dentro del alcance de la garantía constitucional del doble grado de jurisdicción, que solo está permitido debido a una regla constitucional. La jurisprudencia de la Corte Suprema Federal está cojeando sobre este tema, ofreciendo soluciones caso por caso, ya que confunde prorogatio fori con simultaneus processus y está impregnado de activismo judicial en la interpretación de las reglas de conducta.

PALABRAS CLAVE: Prerrogativa del foro. Doble grado de jurisdicción. Conexión y continencia.

ABSTRACT:

The privileged jurisdiction is justified by the necessity to shield certain authorities, due to the high positions they occupy. In the case of a crime committed in connection, the defendant that is not the addressee of the originating forum could not be tried before the Supreme Court, as it would suffer a restriction in the reach of the constitutional guarantee of the double degree of jurisdiction, which is only admitted as a result of constitutional norm. The jurisprudence of the Federal Supreme Court of Brazil is hesitant on this issue, offering casuistic solutions, confusing prorrogatio fori with simultaneus processus and impregnating itself with judicial activism in the interpretation of regency norms.

KEY WORDS: Privileged Jurisdiction. Double degree of jurisdiction. Connection. Federal Supreme Court of Brazil.

 

Publicado
2020-03-05